Sem cobrança extra

Conta de luz terá bandeira tarifária verde em fevereiro 

Este será o terceiro mês consecutivo de bandeira tarifária verde na conta de luz, que já estava em vigor desde dezembro

Foto: Energia/CanvaPro
Foto: Energia/CanvaPro

A conta de luz do mês de fevereiro seguirá sem maiores pressões ao bolso dos brasileiros, isto porque a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou que o período será regido pela bandeira tarifária verde, sem custo extra nas contas de energia dos consumidores, apontou nesta sexta-feira (31).

Este será o terceiro mês consecutivo de bandeira tarifária verde, que já estava em vigor desde dezembro, após uma melhora das condições para geração de energia com a retomada das chuvas nas principais hidrelétricas.

O mecanismo das bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar o custo real da energia. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, e o acionamento de fontes de geração.

Eólicas em alto-mar deixam ‘rastro sujo’ e pressionam conta de luz

A aprovação do PL (Projeto de Lei) 576/2021 pelo Senado Federal, que estabelece o marco regulatório para a exploração de energia eólica em alto-mar (offshore) no Brasil, tem sido interpretada como um “balde de água fria” para o setor elétrico. Isso porque o projeto desfaz grande parte do esforço para reduzir as tarifas dos consumidores e adiciona R$ 17,5 bilhões por ano à conta de luz dos brasileiros até 2050.

A iniciativa tem como objetivo aproveitar o potencial dos ventos no mar para geração de energia eólica. Contudo, o texto original foi descaracterizado ao passar pela Câmara dos Deputados, onde recebeu os chamados “jabutis” — dispositivos alheios ao tema principal que desviam o foco do projeto.

Essas mudanças podem resultar em um aumento de até 7,5% nas contas de luz, conforme apontam cálculos da consultoria PSR.

Embora o projeto integre a chamada “agenda verde” do setor elétrico, ele carrega o potencial de deixar um “rastro sujo”, podendo ampliar em 25% as emissões de gases de efeito estufa.

Entre os itens incorporados, destacam-se a prorrogação de contratos de usinas termelétricas a carvão até 2050, a obrigatoriedade de contratação de térmicas a gás com baixa flexibilidade e pequenas centrais hidrelétricas. Segundo o Valor, outro ponto que chamou a atenção foi a prorrogação de prazos para geração distribuída com subsídios.