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A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou nesta sexta-feira (28) que a conta de luz para o mês de março terá a bandeira tarifária verde, o que significa que não haverá custo adicional para os consumidores.
Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária da conta de luz permanece verde, refletindo as condições favoráveis de geração de energia no País.
“Com o período chuvoso, os níveis dos reservatórios melhoraram, assim como as condições de geração das usinas hidrelétricas”, afirmou a Aneel. “Dessa forma, o acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara, torna-se menos necessário”, prosseguiu, segundo o “InfoMoney”.
O mecanismo das bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar o custo real da energia. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, e o acionamento de fontes de geração.
Eólicas em alto-mar deixam ‘rastro sujo’ e pressionam conta de luz
A aprovação do PL (Projeto de Lei) 576/2021 pelo Senado Federal, que estabelece o marco regulatório para a exploração de energia eólica em alto-mar (offshore) no Brasil, tem sido interpretada como um “balde de água fria” para o setor elétrico. Isso porque o projeto desfaz grande parte do esforço para reduzir as tarifas dos consumidores e adiciona R$ 17,5 bilhões por ano à conta de luz dos brasileiros até 2050.
A iniciativa tem como objetivo aproveitar o potencial dos ventos no mar para geração de energia eólica. Contudo, o texto original foi descaracterizado ao passar pela Câmara dos Deputados, onde recebeu os chamados “jabutis” — dispositivos alheios ao tema principal que desviam o foco do projeto.
Essas mudanças podem resultar em um aumento de até 7,5% nas contas de luz, conforme apontam cálculos da consultoria PSR.
Embora o projeto integre a chamada “agenda verde” do setor elétrico, ele carrega o potencial de deixar um “rastro sujo”, podendo ampliar em 25% as emissões de gases de efeito estufa. Entre os itens incorporados, destacam-se a prorrogação de contratos de usinas termelétricas a carvão até 2050, a obrigatoriedade de contratação de térmicas a gás com baixa flexibilidade e pequenas centrais hidrelétricas. Segundo o Valor, outro ponto que chamou a atenção foi a prorrogação de prazos para geração distribuída com subsídios.