A porta-voz em português do Departamento de Estados dos EUA, Amanda Roberson, afirmou nesta terça-feira (23) que a reunião entre os presidentes Donald Trump e Luíz Inácio Lula da Silva (PT) não estava prevista antes de Trump discursar na 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
O presidente norte-americano discursou na assembleia logo após Lula, que abriu os discursos de chefes de Estado. Trump afirmou ter tido uma breve conversa com o presidente do Brasil antes de entrar no palco e anunciou um encontro bilateral na próxima semana. Informações do Poder 360, via Investing.com.
Segundo Roberson, o breve encontro entre os presidentes “foi um momento espontâneo”. A porta-voz disse que a conversa, apesar de curta, foi “agradável” e é um “bom sinal” para a relação entre os países. Ela deu as declarações em entrevista à GloboNews.
“Eles se deram conta que Brasil e EUA tem muito em comum. Compartilhamos também os maiores desafios no mundo hoje. E precisamos continuar trabalhando juntos. Nossos países têm uma história longa, uma relação ampla. E essa relação vai avançar agora”, afirmou.
Amanda Roberson afirmou que os detalhes do encontro estão agora a cargo dos diplomadas do Brasil e dos EUA. As reuniões em alto nível são procedimento padrão. Os temas da conversa também serão previamente definidos, mas as tarifas devem ser a prioridade.
Encontro virtual
O ministro das Relações Exteriories, Mauro Vieira, anunciou que a reunião entre Lula e Trump deve ser realizada de maneira remota, por chamada telefônica ou videoconferência. A possibilidade de uma reunião presencial foi descartada pelo governo em razão da agenda de Lula.
Vieira explicou que o presidente do Brasil se mantém à disposição para conversar com outros chefes de estado quando isso for relevante para o país.
“Eu espero que o presidente Lula e o presidente Trump possam conversar. O presidente Lula está sempre pronto para conversar com qualquer chefe de Estado que esteja no interesse do Brasil. Isso pode acontecer também por um telefonema ou videoconferência porque, infelizmente, o presidente está muito ocupado, ele tem uma agenda muito cheia, então talvez não seja possível se encontrar pessoalmente”, afirmou o chanceler. Informações via Times Brasil.
O chefe do Itamaraty também destacou que o Brasil está aberto para negociar temas como a tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre os produtos nacionais. Entretanto, Vieira ressaltou que “soberania e a independência dos Poderes brasileiros” não estarão em pauta. Ele pontuou: “O Brasil é um país de negociação e estamos sempre prontos para negociar”.