O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidiu nesta quarta-feira (17) manter a taxa Selic em 15% a.a. (ao ano), durante a chamada “Super Quarta” — dia em que também ocorre a decisão de juros nos EUA.
A decisão veio em linha com as projeções de economistas e investidores.
O comitê argumentou que: “O ambiente externo se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos. Consequentemente, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica”.
O entendimento do grupo foi de que a manutenção da taxa em 15% é compatível com a estratégia econômica. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, diz o texto publicado no site oficial do banco central brasileiro.
Essa é a segunda manutenção seguida que o BC faz na taxa Selic. O valor vigorará até a próxima reunião, marcada para 4 e 5 de novembro.
As expectativas de inflação para 2025 e 2026 seguem em valores acima da meta, em 4,8% e 4,3%, respectivamente. Já a projeção para o primeiro trimestre de 2027 está em 3,4%.
O Copom reiterou que o grupo seguirá avaliando o cenário e que os próximos passos poderão ser ajustados diante das mudanças. Segundo eles, o BC “não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.