Política monetária

Copom eleva Selic em 1 p.p. e taxa de juros vai a 13,25% a.a.

Esta foi a primeira reunião do Copom sob o comando de Gabriel Galípolo, novo presidente do BC (Banco Central)

Membros do Copom /
Foto: Raphael Ribeiro/ Banco Central
Membros do Copom / Foto: Raphael Ribeiro/ Banco Central

O Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a Selic (taxa básica de juros) em 1 ponto percentual nesta quarta-feira (29), para 13,25% ao ano.

A decisão foi unânime e mostrou, mais uma vez, a disposição do Copom em perseguir o controle da inflação no Brasil, como esperava o mercado financeiro. Esta foi a primeira reunião do colegiado sob o comando de Gabriel Galípolo, novo presidente do BC (Banco Central).

A política monetária vem em rota de aperto desde setembro, quando o colegiado voltou a elevar a taxa.

Na reunião realizada em dezembro, o BC indicou um guidance de outras 2 elevações, de 1 ponto percentual cada, neste ano. Sendo assim, os juros brasileiros devem chegar a 14,25% em março.

“O principal fator a ser analisado, na minha opinião, é a nossa inflação que hoje está no patamar de 4,5% nos últimos 12 meses, acima da meta, o que corrobora com esse aumento. Dito isso, a pressão inflacionária continuará à frente nos próximos anos”, disse Carolina Bohnert.

O que foi indicado pelo Copom?

Um dos maiores destaques do comunicado do colegiado foi que o ritmo de elevação da Selic será ditado pelo “firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da dinânima da inflação”.

“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião”, diz o comunicado.

O Copom afirmou que os componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, bem como as projeções e expectativas do índice inflacionário, do hiato do produto e do balanço de riscos terão atenção especial dos membros.

Além disso, o colegiado também reiterou o fato de que as expectativas para a inflação estão desancoradas. Segundo os membros, o cenário mais recente é marcado também por “resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista”.

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