Correios ficará com ‘osso’ sem privatização, diz ministro

“É a única empresa que está presente nos 5.568 municípios brasileiros, entregando cartas e encomendas nas regiões mais remotas do país"

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou nesta quarta-feira (20) que se não houver privatização dos correios, outras empresas irão dominar no mercado de encomendas e que a tendência é a empresa pública perca sua participação no setor, deixando para a estatal “apenas o osso” de seus serviços, a entrega de correspondências. 

Diferentemente dos Estados Unidos, o governo brasileiro não tem condições de bancar R$ 20 bilhões por ano para manter a entrega de serviços postais. Isso não cabe nas contas da União, seria desastroso para todos funcionários”, disse Faria.

Durante participação de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que analisa o projeto de privatização, o chefe da pasta afirmou que a tendência havia sido percebida no período em que os servidores dos Correios fizeram paralisações e como consequência, despertou receio entre as possíveis interessadas na compra da estatal,  Mercado Livre e Magalu, que passaram a procurar alternativas do mesmo serviço.

“É a única empresa que está presente nos 5.568 municípios brasileiros, entregando cartas e encomendas nas regiões mais remotas do país, principalmente na Região Amazônica, onde temos dificuldades de logística”, afirmou o ministro.
 

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