O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne nesta quinta-feira (18) com integrantes da JEO (Junta de Execução Orçamentária) com a tarefa de conciliar duas visões distintas no governo petista. Por um lado, está a equipe econômica, que deseja o corte de R$ 25,9 bilhões em despesas em 2025.
Já do outro lado, contra o corte, estão os ministros do Palácio do Planalto, que defendem um bloqueio menor, de menos de R$ 10 bilhões.
Essa divergência deve ficar clara na reunião que ocorre nesta tarde, quando o presidente Lula se reunirá com nomes como Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda; Rui Costa (PT), Casa Civil; Simone Tebet (MDB), Planejamento; Esther Dweck (PT), Gestão e da Inovação em Serviços Públicos; e secretários-executivos do secretário Especial de Análise Governamental da Casa Civil, Bruno Moretti, e o secretário do Ministério da Fazenda, Dario Durigan.
A ala do Planalto deve argumentar, junto ao presidente, que o corte tem de girar em torno de R$ 10 bilhões ou R$ 16 bilhões. Isso porque, segundo interlocutores, o risco é a máquina pública ser afetada de alguma forma em seu funcionamento. Na avaliação de interlocutores, segundo o “Valor”, um corte de mais de R$ 20 bilhões poderia obrigar alguns órgãos a paralisar completamente as atividades.
Com isso, resta saber qual será a decisão de Lula: dar aval para um corte substancioso, como o pedido da Fazenda, ou seguir o lado dos ministros, que querem um valor significativamente menor do que o esperado pelo mercado.
EUA: FMI desaconselha corte de juros e incentiva aumento de impostos
O FMI (Fundo Monetário Internacional) disse, nesta quinta-feira (18), que os EUA não devem cortar os juros até o final de 2024 e que o governo preciso aumentar a arrecadação de impostos para desacelerar a dívida federal.
As sugestões constam no relatório detalhado da revisão anual do “Artigo 4º” do FMI, sobre as políticas econômicas dos EUA.
O Fundo tem enfatizado a necessidade de maior prudência fiscal, uma vez que os déficits dos EUA continuam aumentando, apesar do crescimento econômico robusto.