Covid-19: isolamento na China ameaça economia global

Com nova onda, Xangai está trancada há 12 dias

O compromisso da China isolando grandes cidades como Xangai, que está trancada há 12 dias, por conta da nova onda, causada pela Covid-19, pode gerar graves consequências a economia global, pressionando as cadeias de suprimentos globais e aumentando a inflação de combustível. As informações são da CNN.

Pequenas empresas já foram atingidas, com lojas e restaurantes por serem fechadas. Enquanto a Tesla e fabricantes chineses e taiwaneses, não sabem ao certo quando podem voltar à ativa.

Além disso, os atrasos nos portos estão piorando e as taxas de frete aéreo estão subindo, pressionando ainda mais o comércio global.

“Os casos crescentes em Xangai convenceram os principais líderes de que não há meio-termo entre Covid-zero e viver com Covid. De agora em diante, o bloqueio rápido pode ser a estratégia predominante”, afirmou Larry Hu, economista-chefe da Grande China no Macquarie, em um documento de pesquisa.

O presidente Xi Jinping garantiu que irá “minimizar” o impacto econômico de sua política de Covid, no entanto, a deterioração da situação em Xangai, e o bloqueio prolongado, surge questões difíceis sobre maneira de resolução de Pequim aos surtos de Ômicron.

Hu acredita que o aumento de casos na China e os crescentes bloqueios na China suprimirão a atividade em uma ampla gama de setores, incluindo serviços pessoais, viagens, logística, construção e algumas manufaturas.

“Os custos econômicos podem ser impressionantes”, disse Lu, acrescentando que os investidores globais podem estar “subestimando” o impacto da política de zero Covid da China em sua economia e nos mercados.

O bloqueio de Xangai ocorre em um momento em que a economia do país já está com dificuldades.

Em relação ao mundo, o Banco Mundial julgou a desaceleração da China como um dos maiores choques enfrentados pelas economias asiáticas para 2022, junto a guerra na Ucrânia e os aumentos de juros pelo Fed.

A situação em Xangai, que tem o maior porto de contêineres do mundo, refletiu que os atrasos nos embarques piorassem, colocando mais pressão nas cadeias de suprimentos globais.

Dados da indústria indicaram na última semana que o número de navios esperando para carregar ou descarregar disparou para um recorde histórico.

O resultado pode causar “pressões inflacionárias extras” sobre bens importados da China.

O fechamento de fábricas em Xangai e outras cidades pode aumentar as interrupções nas principais cadeias de suprimentos de eletrônicos e automotivos.

“É muito provável que, dada a gravidade do atual surto na China, as cadeias de suprimentos de eletrônicos e automotivos sofram interrupções significativas devido a interrupções de fornecedores nos próximos 7 a 10 dias”, afirmou Julie Gerdeman, CEO da empresa de análise de cadeia de suprimentos Everstream.

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