
O CPI (Índice de Preços ao Consumidor) dos EUA registrou uma alta de 0,2% em fevereiro em relação a janeiro, de acordo com os dados ajustados sazonalmente divulgados nesta quarta-feira, 12, pelo Departamento do Trabalho.
Na comparação anual, o aumento foi de 2,8% em fevereiro. As estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast apontavam para aumentos de 0,3% e 2,9%, respectivamente. Em janeiro, o CPI havia subido 0,5% no mês e 3% em termos anuais.
Inflação dos EUA influenciam expectativas sobre juros
O dado divulgado na manhã desta quarta-feira (12) é o primeiro de dois indicadores importantes sobre a inflação que serão revelados nesta semana.
O índice de preços ao produtor (PPI), que também ajuda a medir a pressão inflacionária, será divulgado nesta quinta-feira (13), às 9h30.
Ambos os índices são essenciais para os investidores, pois fornecem insights sobre o caminho que o Federal Reserve pode seguir em relação às taxas de juros, ajudando na projeção do PCE, o indicador de inflação preferido pelo Fed, que será divulgado no final do mês.
Antes da divulgação deste dado, a expectativa predominante era de uma pausa no ciclo de cortes de juros até a reunião de junho, com o mercado prevendo três cortes ao longo do ano: em junho, julho e outubro.
No entanto, nas últimas semanas, aumentaram as preocupações sobre uma desaceleração mais prolongada da economia dos EUA, principalmente devido às incertezas geradas pelas novas tarifas impostas pela administração Biden.
Fed: expectativas de corte de juros persistem apesar de incertezas
Com a inflação desacelerando, crescem as apostas de que o Federal Reserve possa reduzir a taxa de juros em até 0,75 ponto percentual ao longo de 2025, com o primeiro corte esperado entre as reuniões de maio e junho.
Entretanto, as perspectivas não são tão favoráveis quando se trata dos efeitos das políticas econômicas implementadas por Donald Trump. No início desta semana, o presidente dos Estados Unidos não descartou a possibilidade de uma recessão, apontando um período de transição econômico desafiador à frente.