SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Trabalhadores das linhas 11, 12 e 13 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) poderão iniciar uma greve a partir desta quinta-feira (5). A categoria reivindica a reposição salarial de dois anos e o pagamento do PPR (Programa de Participação nos Resultados) referente a 2020.
A assembleia que irá deliberar sobre o início ou não da paralisação será realizada no início da noite desta quinta. Segundo Múcio Alexandre Bracarense, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, o indicativo é de greve. A decisão final, porém, é dos funcionários.
Bracarense informa que o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo havia determinado que a CPTM pagasse 3,63% de reajuste salarial para o exercício 2020/2021 e de 6,36% para 2021/2022. Segundo ele, “com certeza” a categoria aceitaria essa proposta. No entanto, a empresa recorreu da decisão, que foi cassada pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho).
O sindicalista afirma ainda que a CPTM “deu calote” nos trabalhadores e não pagou o PPR do ano passado, que, segundo ele, já teve até assinatura do acordo. “A empresa também não respeitou decisão judicial que mandou pagar”, diz.
Caso a proposta de greve seja aceita, deverão ser afetadas as linhas 11-coral (Luz-Estudantes), 12-safira (Brás-Calmon Viana) e 13-jade (Luz-Aeroporto de Guarulhos).
No mês passado, houve outra paralisação na CPTM, mas que atingiu as linhas 7, 8, 9 e 10, além de parte da 13. A greve foi organizada pelas seguintes entidades: Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana e Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo.
A paralisação nessas linhas teve início no dia 15 e terminou no dia seguinte, depois que os trabalhadores chegaram a um acordo com a CPTM. O acordo não abrange as linhas 11, 12 e 13, que são representadas pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, que não participou da negociação.
A CPTM foi procurada pela reportagem para comentar sobre a possível greve e para responder às afirmações do sindicato, mas não respondeu até o momento da publicação desta reportagem.