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Crédito imobiliário cresce 30% no 1º semestre, puxado por FGTS

O crédito imobiliário com recursos da poupança, parte do SBPE, somou R$ 82,1 bilhões nos primeiros seis meses deste ano

Foto: Pexels
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Os financiamentos do setor imobiliário chegaram a R$ 149 bilhões no primeiro semestre de 2024. O valor representa uma alta de 30% em relação ao mesmo período de 2023, conforme dados divulgados pela Abecip (Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

O crédito imobiliário com recursos da poupança, parte do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), somou R$ 82,1 bilhões nos primeiros seis meses deste ano, um crescimento de 7% em relação ao mesmo período em 2023.

Já os financiamentos pelo FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) chegaram a R$ 67,2 bilhões, equivalente a uma alta de 75%, seguindo a mesma base comparativa. Segundo o “Valor”, o dado reflete a retomada do programa MCMV (Minha Casa Minha Vida).

Para 2024 como um todo, a entidade estima um crescimento de 7,6% nos financiamentos com recursos da poupança, em torno de R$ 164 bilhões. De acordo com a associação, se concretizado, o volume ficará entre os três melhores resultados da história, que foram conseguidos em 2021 e 2022.

EUA: alta da perda de crédito sinaliza recuo na economia 

Apesar de alguns dos maiores bancos dos EUA terem apresentado resultados positivos na temporada de balanços do segundo trimestre, os resultados também sinalizaram preocupações com um estresse financeiro norte-americano.

Ao BP Money, Kevin C. Gervasoni, trader do TC S.A, o aumento na perda de crédito é “um sinal claro de que a economia não está bem”.

Isso por que os resultados dos bancos normalmente são vistos pelo mercado como um indicador líder do que está por vir na economia.

A temporara de balanço dos bancos norte-americanos deixa como vestígio os sinais de que empresas e consumidores estão enfrentando problemas financeiros, o que pode levar a um aumento na inadimplência de empréstimos.

O Gervasoni menciona o relatório do JPMorgan Chase, que levantou preocupações sobre a deterioração na qualidade do crédito, reforçando a ideia de que as condições econômicas estão enfraquecendo.