Criptomoedas: fortunas de bilionários despencam em semanas

Esse declínio ocorreu após uma venda em em moedas digitais, incluindo bitcoin e ether, no qual desencadeou uma queda vertiginosa no valor de mercado da Coinbase

O fundador da criptomoeda Coinbase Global Inc., Brian Armstrong, tinha uma fortuna pessoal de US$ 13,7 bilhões em novembro e cerca de US$ 8 bilhões no final de março. Atualmente, o montante caiu para US$ 2,2 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index.

Esse declínio ocorreu após uma venda em em moedas digitais, incluindo bitcoin e ether, no qual desencadeou uma queda vertiginosa no valor de mercado da Coinbase, a maior exchange de criptomoedas dos EUA.

As ações da empresa derreteram 84% desde o primeiro dia de negociação, em abril de 2021, fechando quarta-feira (11) em US$ 53,72 depois que a empresa alertou que o volume de negociação e os usuários de transações mensais deveriam ser menores no segundo trimestre do que no primeiro.

A capacidade da Coinbase de resistir ao declínio acentuado nos preços das criptomoedas passou a gerar dúvidas, fazendo com que Armstrong viesse a público para defender a empresa. O empresário afirmou não haver “risco de falência, mesmo em meio a um evento de ‘cisne negro’ (imprevisível)”. 

Outro bilionário que viu sua fortuna cair vertiginosamente foi Michael Novogratz. O CEO da provedora de serviços financeiros de blockchain Galaxy Digital viu sua fortuna, que era de US$ 8,5 milhões em novembro, para US$ 2,5 bilhões. 

Ele tem sido um campeão do TerraUSD, a stablecoin algorítmica que agora corre o risco de um colapso completo em meio a uma queda no preço de um token criptográfico no mesmo ecossistema, Luna. 

Fortunas bilionárias de criptomoedas começam a desaparecer

Após aumentarem nos últimos dois anos, as fortunas bilionárias de criptomoedas estão desaparecendo após uma liquidação que começou com ações de tecnologia se espalhando pelo dinheiro digital.

Bitcoin e Ether caíram mais de 50% desde os seus recordes atingidos no final de 2021. 

CEO da Binance, Changpeng Zhao perdeu uma fortuna ainda maior que os dois citados anteriormente. Ele estreou no índice de riqueza da Bloomberg em janeiro com um patrimônio líquido de US$ 96 bilhões, um dos maiores do mundo. Na quarta-feira (11), isso havia diminuído para US$ 11,6 bilhões.

Os volumes de negociação na Coinbase caíram constantemente desde o início do ano, enquanto a Binance, mais focada internacionalmente, viu um aumento no volume no mês passado.

Já a dupla Tyler e Cameron Winklevoss, cofundadores da bolsa de criptomoedas Gemini, perderam cerca de US$ 2,2 bilhões – ou cerca de 40% – de sua riqueza este ano, enquanto Sam Bankman-Fried, CEO da exchange de criptomoedas FTX, viu sua fortunar cair pela metade desde o final de março para cerca de US$ 11,3 bilhões.

Leia também: Bitcoin: projeto de lei que regulamenta mercado de criptos é aprovado no Senado

Ex-operador do Goldman Sachs Group Inc., Fred Ehrsam agora é cofundador da Coinbase e também viu sua fortuna despencar por conta dos resultados das criptomoedas. Atualmente, Ehrsam tem US$ 1,1 bilhão, após uma queda de mais de 60%, segundo o Valor Econômico. 

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile