A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mudou a forma de apresentar as carteiras ao público na última sexta-feira (20). A partir de agora todos os papéis ficarão ocultos enquanto as posições em ações dos fundos estiverem fechadas para divulgação. Os fundos terão que entregar à autoridade suas posições mensalmente, mas os gestores poderão manter os ativos em segredo por até três meses.
Antes a CVM publicava a lista de ações, porém com o ticker omisso, mas com o volume posicionado. Com isso, no final do pregão, bastava consultar a última carteira aberta completamente para ver qual era o ativo. Ou seja, esse modelo não era eficaz para proteger os gestores nesse período.
“No fundo, com essa alteração, eles [CVM] só estão voltando a fazer valer a instrução, que diz que o gestor, com justificativa, tem o direito de esconder a carteira por três meses e isso não vinha acontecendo”, disse um gestor de recursos ao Exame.
De modo geral, os gestores ficam satisfeitos, mas salientam que a medida não resolve todo o problema, mesmo sendo uma das melhores alternativas para um curto prazo, sem mudança regulatória.