Donald Trump

Déficit comercial dos EUA bate recorde em 2024

A enxurrada de importações no fim do ano foi generalizada e incluiu um aumento nas remessas de produtos industriais

Renda fixa nos EUA
EUA / Foto: Divulgação

O déficit comercial dos EUA cresceu fortemente no final de 2024, impulsionado pelo aumento das importações antes do início do segundo mandato de Donald Trump e da implementação de suas prometidas tarifas abrangentes.

No comércio de bens e serviços, em dezembro, as perdas avançaram quase 25% em relação ao mês anterior, chegando a US$ 98,4 bilhões, segundo dados do Departamento de Comércio divulgados nesta quarta-feira (5). Com isso, o déficit anual atingiu US$ 918,4 bilhões, o segundo maior desde 1960.

A enxurrada de importações no fim do ano foi generalizada e incluiu um aumento nas remessas de produtos industriais, reflexo dos esforços das empresas norte-americanas para garantir estoques antes da imposição das novas tarifas.

Além disso, muitos importadores buscaram minimizar os impactos de uma possível greve dos trabalhadores portuários, que acabou sendo evitada no mês passado. Segundo o InfoMoney, os números mensais do comércio devem ganhar maior relevância econômica e geopolítica, à medida que a administração Trump defende tarifas para estimular a produção interna, fortalecer a segurança nacional e combater o que considera práticas comerciais desleais.

Estatais enfrentam o maior déficit histórico em 2024

Em 2024, as estatais enfrentaram um déficit primário de R$ 8,073 bilhões, o maior já registrado desde o início da série histórica. O número foi revelado na última a sexta-feira (31) no relatório de Estatísticas Fiscais do Banco Central.

O primário é a diferença entre as receitas e despesas do governo, excluindo os pagamentos relacionados aos juros da dívida.

setor público consolidado, que inclui estados, a União e municípios, também apresentou uma retração primária de R$ 47,6 bilhões em 2024, o que representa 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB). No ano passado, esse déficit foi de R$ 249,1 bilhões.

AnoResultadoValor (em bilhões)
2001SuperávitR$ 9,4
2002SuperávitR$ 4,97
2003SuperávitR$ 3,02
2004SuperávitR$ 2,3
2005SuperávitR$ 4,2
2006SuperávitR$ 4,8
2007DéficitR$ 1,3
2008SuperávitR$ 1,7
2009SuperávitR$ 1,3
2010SuperávitR$ 2,3
2011SuperávitR$ 2,7
2012DéficitR$ 2,6
2013DéficitR$ 0,32
2014DéficitR$ 4,2
2015DéficitR$ 4,3
2016DéficitR$ 0,98
2017SuperávitR$ 0,362
2018SuperávitR$ 4,4
2019SuperávitR$ 11,8
2020SuperávitR$ 3,6
2021SuperávitR$ 2,9
2022SuperávitR$ 6,1
2023DéficitR$ 2,2
2024DéficitR$ 8,07