O déficit das empresas estatais atingiu o valor de R$ 7,765 bilhões no acumulado do ano até outubro, um novo recorde para o período da série histórica do BC (Banco Central), iniciada em 2002.
Nos primeiros dez meses do ano passado, o déficit era de R$ 2,868 bilhões – ou seja, na comparação anual, alta foi de 170%. Os dados são nominais, o que significa que não são corrigidos pela inflação.
Os números não consideram empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, além de bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
A maior parte do déficit no ano é das empresas estatais federais, em R$ 4,452 bilhões. No mesmo período do ano passado, o déficit havia sido de R$ 286 milhões. As empresas estatais estaduais, por sua vez, acumularam déficit de R$ 3,355 bilhões até outubro, contra R$ 2,257 bilhões no mesmo período de 2023.
No caso das empresas estatais municipais, houve superávit de R$ 41,6 milhões no período contra déficit de R$ 325 milhões em 2023 até outubro.
Considerando apenas o mês de outubro, houve déficit de R$ 360 milhões nas estatais. Esse número é resultado de déficit de R$ 273 milhões nas estatais federais, R$ 92 milhões nas estaduais e superávit de R$ 5 milhões nas municipais.
Dívida pública bruta fica em 78,6% do PIB em outubro, diz BC
A dívida pública bruta do Brasil em outubro ficou em 78,6% do PIB (Produto Interno Bruto), superior ao valor de 78,2% do PIB em setembro, informou o BC (Banco Central) nesta sexta-feira (29).
No mês, o setor público consolidado registrou um superávit primário de R$ 36,883 bilhões. Economistas consultados em pesquisa da Reuters esperavam saldo positivo de R$ 40 bilhões.
A IFI (Instituição Fiscal Independente), órgão do Senado, chamou atenção para a dificuldade do governo no que diz respeito aos gastos públicos em seu novo Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF). Segundo o órgão, a dívida pública deve chegar a valor equivalente a 80% do PIB (Produto Interno Bruto) este ano.