A taxa de desocupação medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) caiu para 11,2% no trimestre encerrado em janeiro. Este foi o menor nível para o período desde 2016, quando ficou em 9,6%. O dado corresponde a um recuo de 0,9 ponto percentual na comparação com o trimestre encerrado em outubro. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (18) pelo IBGE.
A população desocupada somou 12 milhões de pessoas, contração de 6,6% na comparação trimestral, correspondendo a uma redução de 858 mil. Já em relação ao mesmo período no ano anterior, o recuo porcentual de desocupados é de 18,3%.
A pesquisa ainda acrescenta que cerca de 95,4 milhões de pessoas estavam ocupadas, uma elevação de 1,6%. Além disso, o nível de ocupação foi de aproximadamente 55,3%, aumento de 0,7 ponto percentual ante o trimestre anterior.
O setor de comércio teve um impacto positivo no resultado. “A expansão do comércio indica a manutenção da tendência de crescimento dessa atividade, principalmente, a partir do 2º semestre de 2021. No trimestre atual, a população ocupada no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (18,4 milhões de pessoas) já supera a registrada no período pré-pandemia (trimestre móvel de dez-jan-fev de 2020)”, explicou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Adriana Beringuy.
Com exceção do segmento de transporte, armazenagem e correio, além do setor de serviços domésticos, as atividades de serviços também cresceram, influenciando a pesquisa.
Em janeiro, de acordo com Beringuy, foi mantida a tendência de retomada dos empregos de carteira assinada. “O resultado neste índice é relevante e demonstra a repetição do movimento de expansão verificado no segundo semestre do ano passado”, afirma, destacando que nos três meses encerrados em outubro, o aumento foi de 4,1%, à medida que a taxa de julho apontou elevação de 3,1%.