A taxa de desocupação do Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em julho de 2025, segundo dados da PNAD Contínua divulgados nesta terça-feira (16) pelo IBGE.
O resultado representa queda de 0,9 ponto percentual em relação aos três meses anteriores e de 1,1 ponto frente ao mesmo período de 2024.
Com a nova redução, o número de desocupados chegou a 6,1 milhões de pessoas, menor contingente desde o fim de 2013. No trimestre encerrado em abril, a taxa havia ficado em 6,6%.
A população ocupada alcançou 102,4 milhões de trabalhadores, novo recorde da série. O nível de ocupação (percentual de pessoas trabalhando em relação à população em idade ativa) manteve-se no patamar histórico de 58,8%.
Também houve marca inédita no número de empregados com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39,1 milhões.
A população fora da força de trabalho ficou estável em 65,6 milhões, enquanto o número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego) caiu para 2,7 milhões — recuo de 11% no trimestre e de 15% em relação a 2024, menor patamar em mais de oito anos.
Os setores que mais puxaram o aumento da ocupação foram:
- agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: crescimento de 2,7%, com acréscimo de 206 mil trabalhadores.
- administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais: alta de 2,8%, com 522 mil pessoas a mais;
- informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas: avanço de 2%, ou 260 mil pessoas a mais;
Para Leonardo Costa, economista do ASA, apesar da mínima histórica no desemprego, o movimento pode estar próximo de uma acomodação:
“É possível que estejamos nos aproximando de um quadro de estabilidade na margem, já que a população ocupada vem mostrando sinais de acomodação no curto prazo. De todo modo, o mercado de trabalho segue como destaque positivo”, afirma.