IBGE

Desemprego sobe para 7,9% em TRI encerrado em março

O número, contudo, representou um recuo de 8,8% na comparação anual; resultado foi puxado pelo aumento de 6,8% da "população desocupada"

Carteira de trabalho
Carteira de trabalho / Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A taxa de desemprego no Brasil no trimestre encerrado em março deste ano foi de 7,9%, alta de 0,5 ponto percentual em comparação ao trimestre encerrado em dezembro, segundo dados do IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado, contudo, representou um recuo de 8,8% na comparação anual.

De acordo com a pesquisa, o índice de decosupação foi puxado pelo aumento no número de pessoas em busca de trabalho, parcela chamada de “população desocupada”, que cresceu 6,7% frente ao trimestre encerrado em dezembro de 2023, um aumento de 542 mil pessoas em busca de trabalho.

Apesar da alta, a população desocupada permanece 8,6% abaixo do contingente registrado no mesmo trimestre móvel de 2023.

Outro fator que incidiu no aumento da taxa de desocupação, segundo o IBGE, foi a redução da população ocupada do país. Esse contingente caiu 0,8% na comparação trimestral, embora tenha permanecido 2,4% acima do número de trabalhadores encontrados pela PNAD Contínua no primeiro trimestre de 2023.

Apesar da alta na comparação trimestral, essa taxa de desocupação foi a menor já registrada para um trimestre encerrado em março desde 2014, quando chegou a 7,2%.

Brasil tem desemprego de 7,8% no trimestre até fevereiro

A taxa de desemprego no Brasil atingiu 7,8% nos três meses até fevereiro, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na manhã desta quinta-feira (28).

Na pesquisa realizada pela Reuters, a mediana das previsões indicava que a taxa de desemprego permaneceria em 7,8% para o período em questão.

O economista da Highpar, Maykon Douglas, avalia que mais pessoas voltaram para o mercado de trabalho, o que elevou ligeiramente a taxa de participação para 62,1%, também na série com ajuste.

“Mas isto foi mais que compensado por um aumento na população ocupada, puxado pelo emprego formal, visto que o informal caiu na margem”, pontuou.

“Os rendimentos médios continuam se acelerando na série sem os efeitos sazonais. Somado ao aumento do emprego, isto elevou a massa de rendimentos, mas a um ritmo menor do que o resultado anterior”, observou o economista.

Por fim, Maykon Douglas destaca que, a leitura mostra um mercado de trabalho ainda resiliente, cuja renda em alta é o maior reflexo disto. “O BC continuará de olho no tema, por seu efeito direto sobre a inflação de serviços”.