Começa nesta segunda-feira (25), a segunda fase do programa do governo Desenrola Brasil, que visa à renegociação de dívidas. O Ministério da Fazenda estima que poderão ser renegociados quase R$ 79 bilhões de dívidas de até R$ 5 mil.
Nesta fase, serão realizados leilões para credores que estão inscritos no programa, onde eles deverão indicar os montantes que estão dispostos a quitar de suas dívidas.
Desse modo, as companhias que oferecem os maiores descontos de renegociação a seus consumidores terão a garantia de participação no programa.
Após a realização dos leilões, o programa inicia a Faixa 1, fase destinada às pessoas físicas com renda mensal de até 2 salários mínimos (R$ 2.640) ou que estejam inscritos no CadÚnico.
A renegociação poderá ser feita com valores de até R$ 5 mil, parcelados em até 60 vezes, com parcela mínima de R$ 50 e é necessária a inscrição nos canais digitais do governo para participar do programa.
Vale destacar que as dívidas que poderão ser renegociadas são apenas as de água, luz, telefone, varejo e bancos.
Bancos renegociam R$ 8,1 bi em dívidas no Desenrola
Entre os dias 17 de julho e 11 de agosto, o Programa Desenrola Brasil soma R$ 8,1 bilhões em volume financeiro negociados, exclusivamente pela Faixa 2, no qual os débitos bancários são negociados diretamente com a instituição financeira em condições especiais. Essa faixa inclui as dívidas bancárias dos clientes que tenham renda mensal superior a 2 salários-mínimos e menor que R$ 20 mil e que não estejam incluídos no Cadastro Único do Governo Federal.
Da mesma forma, o número de contratos de dívidas negociados chega a 1,296 milhão, beneficiando um universo de 985 mil clientes bancários. A adesão ao programa irá até o dia 31 de dezembro. As informações saõ da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Nesse mesmo período, apenas as instituições financeiras retiraram as anotações negativas (desnegativaram) de cerca de 5 milhões de registros de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100,00. O prazo para essa baixa de registros se encerrou em 27 de julho. Esse balanço não inclui baixas de registros de outros credores não bancários.
“Os números do Desenrola falam por si e são uma grande satisfação para todos, bancos, governo e a sociedade. A grande adesão e o interesse pelo programa na Faixa 2 são uma amostra do que virá em setembro, com a Faixa 1”, avalia o presidente da Febraban, Isaac Sidney.
A Febraban esclarece que cada banco tem sua estratégia de negócio, adotando políticas próprias para adesão ao Desenrola. As condições para renegociação das dívidas, nessa etapa, serão diferenciadas e caberá a cada instituição financeira, que aderir ao programa, defini-la.