Lula não discutiu desoneração dos combustíveis, diz Haddad

Haddad era um dos defensores do fim da redução das alíquotas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (31) que não discute a prorrogação da desoneração dos combustíveis desde o começo do ano, após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

“A medida provisória vai até 28 de fevereiro. Desde 1º de janeiro, não discuto mais esse assunto”, disse Haddad na saída de evento promovido pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), em São Paulo.

Haddad era um dos defensores do fim da redução das alíquotas da contribuição para o Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre operações realizadas com gasolina, álcool, gás natural veicular e querosene de aviação.

A medida, que foi tomada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), provocou uma redução na arrecadação do governo federal.

No entanto, logo no primeiro dia de mandato, a medida provisória editada por Lula, ampliando a incidência de alíquota zero para os tributos federais sobre os combustíveis.

Governo não tem decisão sobre tributos de combustíveis, diz Haddad

Fernando Haddad também afirmou na última segunda-feira (30) que ainda não há decisão sobre a reoneração dos combustíveis no âmbito federal. 

Após participar de reunião da diretoria da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Haddad disse, em conversa com jornalistas, que segue o combinado com o presidente Lula, reafirmando que a desoneração ficaria até fevereiro. 

Mais cedo nesta segunda, o jornal “Valor Econômico” apurou que o caminho para a reoneração de combustíveis “está se consolidando e é saudável para as finanças do país”.

Além disso, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), afirmou durante o último final de semana que não há, no governo, discussão sobre ampliar novamente a desoneração dos combustíveis.

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