Roupas lideram buscas

Dia dos Pais deve ser o melhor para o varejo desde 2014

Levamento da CNC projeta que a data deve movimentar cerca de R$ 7,84 bilhões em vendas e gerar 11.530 vagas para atender demanda

Fonte: Pixabay
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Em levamento realizado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) projeta que, em 2025, a data comemorativa deve movimentar cerca de R$ 7,84 bilhões em vendas, o que representaria o melhor do setor desde 2014 e o crescimento de 3,2% em relação ao ano passado, já descontada a inflação.

O otimismo do varejo ainda deve implicar contratação do maior contingente de trabalhadores temporários para o período em 12 anos. A entidade estima que a oferta deve ser de 11.530 vagas para atender à demanda sazonal, com hiper e supermercados liderando a busca por pessoal, com 5,2 mil postos, seguindo por lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, com 2,01 mil vagas, e lojas de vestuário, com 1,93 mil vagas.

Roupas e vestimentas devem liderar intenções de compra

Quanto às vendas, as roupas devem ser o presente mais procurado para a ocasião. Somente, o setor deve faturar sozinho R$ 3,23 bilhões, com os produtos de perfumaria e cosmético ocupando a segunda colocação na preferência dos consumidores, somando R$ 1,57 bilhão, pouco à frente dos itens de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, cujo faturamento deve ser de R$ 1,26 bilhão. Os três segmentos juntos devem corresponder a quase 77% das vendas totais.

Cesta do Dia dos Pais mais cara

A pesquisa mostra que, dos 13 grupos de bens e serviços impactados pela data, três devem apresentar recuo nos preços na comparação anual, com televisores (-1,0%), bebidas alcoólicas (-1,3%) e aparelhos telefônicos (-1,5%) pesando menos no bolso.

No sentido oposto, aparecem alimentação fora de casa (+8,2%), livros (+6,0%) e perfumes (5,5%) no top 3 de maiores altas. No agregado, a cesta do Dia dos Pais deve encarecer 5,8%, acima dos 5,0% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no período, o que reforça a importância da pesquisa das famílias.

Segundo o CNC, o salário médio de admissão para os temporários deverá ficar em R$ 1.890, com um avanço de 5,5% comparado a 2024, e a taxa de efetivação após o período promocional pode chegar a 15%, o maior percentual desde 2021. A combinação de vendas aquecidas com o quadro inflacionário sob controle abre a oportunidade de converter parte desses temporários em vínculos permanentes, fortalecendo o emprego no comércio ao longo do segundo semestre.