Combustíveis

Diesel e gasolina: importações brasileiras devem cair em 2024

Importações de diesel devem recuar 2,8% devido à expansão da oferta doméstica, enquanto consumo de gasolina c deve cair 4%, avalia StoneX

Combustível
Combustível / Foto: reprodução/Marcelo Camargo

As importações brasileiras de diesel e gasolina devem cair no ano de 2024, avalia a consultoria de serviços financeiros StoneX. Em relação ao diesel, as importações devem recuar 2,8% em relação ao ano de 2023, devido à expansão da oferta doméstica.

Quanto à gasolina, a previsão de uma contração de 4% no consumo da gasolina C ao longo do ano explica a menor demanda brasileira pelo combustível no mercado internacional.

A avaliação acontece após o volume de diesel A importado pelo Brasil em março apresentar queda de 26,4% em comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo 1,25 m³, de acordo com dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).

No acumulado do ano, as importações totalizaram 3,18 milhões de m³, baixa de 9% em relação ao mesmo período de 2023. A

redução observada no último mês ocorreu mesmo após as importações de diesel iniciarem o ano de maneira aquecida — com as compras externas do combustível registrarem alta de de 41,5% frente ao observado no início de 2023.

Assim como o diesel, as importações de gasolina recuaram. De acordo com o MDIC, entre janeiro e março, as compras externas de gasolina registraram um volume 20,3% abaixo do observado no mesmo intervalo de 2023.

Por outro lado, as exportações de gasolina cresceram nos primeiros três meses de 2024, com o indicador acumulado entre janeiro e março ficando em 395 mil m³. No mesmo período do ano anterior, o volume foi de 6,6 mil m³.

Gasolina fecha 1T24 em alta de 2,7% e diesel em queda de 1,2%

No primeiro trimestre deste ano, a gasolina e seu concorrente mais próximo, o etanol, destacaram-se como os principais responsáveis pelo aumento nos preços dos combustíveis, de acordo com o “Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade”, desenvolvido em colaboração com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

No decorrer dos primeiros três meses do ano, houve um aumento de 2,7% no preço da gasolina comum e de 2,8% na gasolina aditivada, refletindo o mesmo percentual de alta observado para o etanol no mesmo período.

Durante o mesmo período, o preço do diesel S-10, conhecido por ser menos poluente, teve uma redução de 1,2%, enquanto o preço do diesel comum caiu 0,7%, e o do Gás Natural Veicular (GNV) recuou 0,5%.

“Importante notar que, nesse horizonte temporal, os resultados analisados ainda refletem, em alguma medida, as últimas mudanças efetivadas na tributação dos combustíveis”, disse o Veloe em nota na última quarta-feira (3).

Este ano foram retomadas a cobrança de Pis/Cofins sobre o diesel e o biodiesel, em janeiro, e o reajuste do ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços -, sobre a gasolina e o diesel, em fevereiro.