O diretor do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Christopher Waller, considera improvável que o dólar perca a posição de moeda de reserva global ou a primazia no comércio internacional.
“Desdobramentos recentes que alguns alertaram poderiam ameaçar esse status, no mínimo, reforçaram-no, pelo menos até agora”, afirmou nesta quinta-feira (15) em discurso durante evento na Universidade de Bahamas.
O dirigente ressaltou que a divisa norte-americana beneficia a economia mundial por representar uma forma de dinheiro “segura e estável”, que fornece um denominador comum às trocas entre diferentes países. Assim, empresas e famílias enfrentam custos menores para as transações, de acordo com ele.
Waller minimizou a análise prevalente em alguns círculos acadêmicos de que o dólar será prejudicado pela fragmentação global, fenômeno que descreve a separação do planeta em diferentes e, por vezes, adversários de blocos de comércio. Segundo ele, quase 60% das reservas mundiais estão denominadas na moeda americana, com o euro em segundo lugar com apenas 20%.
Ao mesmo tempo, a maior parte das reservas estão em Treasuries, cuja profundidade e liquidez apoiam a atratividade do dólar como uma reserva de valor, na visão de Waller. “Os adversários dos EUA têm poucas alternativas práticas ao dólar, uma vez que outras moedas de reserva proeminentes – como o euro, o iene japonês e a libra esterlina – são todas emitidas por aliados próximos dos EUA”, ressaltou.
Com informações do Estadão.
Ibovespa fecha em alta com performance estável; dólar sobe
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quinta-feira (15) com alta de 0,62%, aos 127.804,13 pontos. O dólar comercial subiu levemente 0,07%, a R$ 4,96.
O índice operou em alta durante todo o dia, sem movimentações bruscas. No cenário macro, o resultado divulgado pelo Relatório Focus, do Banco Central (BC), com estimativas para a inflação, Selic (taxa básica de juros) e Produto Interno Bruto (PIB) mantiveram-se estáveis, dentro do consenso que o mercado tem esperado.
A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 ficou em 3,81%, enquanto a mediana das estimativas para o crescimento do PIB, este ano, permaneceu em 1,60%. Já a mediana das expectativas para a Selic seguiu em 9% no final do ano.
“O movimento [do Ibovespa], aparentemente, foi mais um ajuste técnico do que amparado em novidades no ambiente macroeconômico, contando também com a ajuda da valorização de ações com maior peso no índice, como Petrobras e Itaú” afirma Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.