Economia

Dívida Bruta do Brasil sobe e alcança 76,1% do PIB

Esse resultado representa uma elevação de 2,2 pontos percentuais em comparação à relação Dívida Bruta do Governo Geral/PIB de 2023

Foto: Dívidas/CanvaPro
Foto: Dívidas/CanvaPro

O grupo que inclui o Governo Federal, Instituto Nacional do Seguro Social e governos estaduais e municipais, também chamado de Governo Geral, registrou uma Dívida Bruta de R$ 8,984 trilhões em 2024. O número equivale a 76,1% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil.

Esse resultado representa uma elevação de 2,2 pontos percentuais em comparação à relação Dívida Bruta do Governo Geral/PIB de 2023, quando somou R$ 8,079 trilhões.

Os dados foram apresentados no relatório de Estatísticas Fiscais do Banco Central nesta sexta-feira (31). Já a Dívida Líquida do Setor Público alcançou 61,1% do PIB (R$7,2 trilhões) em 2024, com elevação anual de 0,7 pontos percentuais do PIB.

União pode perder R$ 106 bi com desconto de dívida dos Estados

Uma nota técnica do Tesouro Nacional, divulgada nesta terça-feira (21), revelou que a recém-sancionada lei de renegociação das dívidas dos Estados pode ter um custo financeiro de até R$ 106 bilhões para a União em cinco anos.

O projeto que institui o Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados) foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última semana.

O texto prevê descontos nos juros e parcelamento do saldo das dívidas em até 30 anos, e também criou um fundo de equalização federativa para compensar Estados em boa situação fiscal.

Existem, segundo o estudo do Tesouro, dois “cenários limite”, com adesão de todos os Estados, para analisar os impactos potenciais da medida, de acordo com a “Reuters”.

No primeiro cenário, se os entes federativos escolherem não fazer nenhum tipo de amortização extraordinária de suas dívidas, devem pagar uma taxa de juros real de 2% ao ano. Com isso, a União pode sentir o impacto de R$ 106 bilhões de reais entre 2025 e 2029.

No segundo cenário, há a opção dos governos regionais fazerem uma amortização extraordinária das dívidas pelo percentual máximo permitido (20%), conseguindo, assim, reduzir a taxa real de juros a zero, o mínimo possível.

O resultado, nesse caso, seria um ganho total de R$ 5,5 bilhões para a União, considerando que os Estados estariam transferindo ativos para a União em valores expressivos – mais de R$ 160 bilhões.

“Com o Propag, apesar da redução potencial de recebimentos no futuro em função da redução de juros, a União espera a pacificação das relações federativas com os entes, bem como o aumento da previsibilidade de recebimento de ativos, buscando construir um futuro de menor litigiosidade e maior previsibilidade”, consta em nota do Tesouro.