Dívida bruta do governo sobe 83% do PIB, diz BC

Esta foi a primeira vez que o indicador registrou alta, quando comparado ao PIB, desde fevereiro.

O Banco Central (BC) divulgou nesta sexta-feira (29) o aumento da dívida bruta do setor público de R$ 6,849 trilhões em agosto para R$ 6,939 trilhões em setembro. Desta forma,  o débito subiu de 82,7% para 83%, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
 
Esta foi a primeira vez que o indicador registrou alta, quando comparado ao PIB, desde fevereiro. A dívida bruta do setor público abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais. O medidor é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do país, pois quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
 
Segundo a autarquia, o que explica a variação mensal da dívida é a incorporação de juros nominais, que são responsáveis por alta de 0,5 ponto porcentual, desvalorização do câmbio (0,3) e emissão líquida de dívida (0,2).
 
A variação mensal da dívida pode ser explicada principalmente por incorporação de juros nominais (responsável por alta de 0,5 ponto percentual), desvalorização do câmbio (0,3) e emissão líquida de dívida (0,2). Em sentido oposto, atuou o crescimento do PIB nominal (responsável por queda de 0,8 ponto).

A desvalorização de 1% do câmbio, para a dívida liquida, influencia em uma diminuição imediata de 0,15 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 12,4 bilhões.

Já para cada redução de 1 ponto percentual da Selic, mantida por 12 meses, há queda da dívida de 0,4 ponto, ou R$ 33,3 bilhões. Já um aumento de 1 ponto na inflação, mantido por 12 meses, eleva a dívida em 0,17 ponto, ou R$ 14 bilhões.