O Tesouro Nacional divulgou nesta quarta-feira (30) que a dívida pública federal do Brasil subiu 2,03% em fevereiro sobre janeiro, a R$ 5,730 trilhões.
“A curva de juros futuros doméstica ganhou nível, acompanhando os desdobramentos externos e reagindo à ata do Copom [Comitê de Política Monetária], que fez crescer as apostas do mercado quanto a novas altas na taxa Selic”, disse o Tesouro em relatório, ponderando que o risco país brasileiro caiu 1,91% no mês apesar do aumento de aversão ao risco.
Os dados ressaltam que o período foi marcado por aumento da aversão ao risco nos mercados globais, causado principalmente por pressões inflacionárias e pela guerra na Ucrânia.
As emissões líquidas da Dívida Pública Federal (DPF) somaram R$ 78,15 bilhões em fevereiro, acumulando R$ 54 bilhões no ano. Já a Dívida Federal Externa somou R$ 240 bilhões (US$ 46,70 bilhões), o que representa baixa de 3,78% na comparação com janeiro.
No ambiente de aumento de risco, o Tesouro registrou alta no custo médio das emissões dos papéis, de 8,90% ao ano em janeiro para 9,50% ao ano no mês passado. O movimento é fruto da alta pelo Banco Central da taxa básica de juros, que é usada como referência para a remuneração de títulos.
Houve moderado encurtamento do prazo médio de vencimentos da dívida pública federal para 3,86 anos no mês passado, ante 3,89 anos em janeiro. O percentual de títulos a vencer em 12 meses, por outro lado, teve leve queda de 23,76% para 23,36%.