Fiscal preocupa

Dólar acelera alta com eleições nos EUA e falas de Lula 

O presidente Lula pontuou que não haveria problema se o déficit fiscal ficasse em 0,1% ou 0,2% do PIB

Foto: Unsplash / Dólar
Foto: Unsplash / Dólar

O dólar opera nesta quarta-feira (17) com uma forte alta ante o real, em linha com a força da divisa em mercados emergentes, ao passo que investidores dividem a atenção entre as eleições norte-americanas e o noticiário político doméstico.

Na véspera, os ruídos sobre as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trouxeram volatilidade às negociações. O presidente declarou em entrevista à TV Record que precisava ser convencido sobre uma possível necessidade de cortar despesas para respeitar o arcabouço fiscal. As afirmações refletem na cotação do dólar nesta quarta-feira.

Além disso, o presidente Lula pontuou que não haveria problema se o déficit fiscal ficasse em 0,1% ou 0,2% do PIB (Produto Interno Bruto), o que também impulsionou a moeda norte-americana no pregão da véspera, mas a divisa perdeu força e fechou em queda.

Já na sessão desta quarta-feira, o presidente disse que a dívida social do Brasil é “impagável” e questionou qual o custo de o país não ter tomado medidas sociais, como, por exemplo, para a reforma agrária e a melhoria da educação no tempo correto.

Por volta das 14h05 (horário de Brasília), o dólar avançava 0,94%, a R$ 5,48 na compra e na venda. Segundo o “InfoMoney”, na B3 (B3SA3), Bolsa de Valores brasileira, o contrato futuro da moeda de primeiro vencimento DOLc1 registrava alta de 0,97%, a 5.4865 pontos.

WEG (WEGE3) é um hedge natural de dólar, indica Itaú BBA

Itaú BBA revisou suas projeções para a WEG (WEGE3), mantendo a recomendação Outperform (equivalente a compra). O relatório, elaborado por Daniel Gasparete, destaca a ação como uma opção defensiva em períodos adversos do mercado financeiro brasileiro.

Cerca de 55% da receita da WEG provém de vendas internacionais, com aproximadamente um quarto dessas exportações saindo do Brasil.

Nesse contexto, o BBA explica que a empresa funciona como uma proteção natural contra a desvalorização do real, resultando em receitas robustas, margens mais amplas e um retorno sobre o capital investido (ROIC) mais elevado.