A sessão desta sexta-feira (26) está sendo marcada pela volatilidade do dólar, que até chegou a cair ante o real. No início desta tarde, a divisa norte-americana passou a registrar ganhos.
A queda inicial do dólar, como apontou o sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos, Marcelo Boragini, foi puxada pela alta do minério, que atraiu fluxo comercial no mercado à vista.
“No entanto, a preocupação com a situação fiscal no Brasil e a busca por proteção antes da decisão do Copom na próxima quarta-feira, que deve manter a taxa de juros, também afetaram o câmbio”, avaliou o especialista, de acordo com o “InfoMoney”.
Além disso, o especialista apontou que a semana foi marcada pela fraqueza das moedas emergentes ante a divisa norte-americana.
O destaque do noticiário econômico desta sexta-feira foi para os dados do PCE (Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal), nos EUA, com o mercado buscando sinais em relação ao futuro da política monetária do Fed (Federal Reserve), Banco Central norte-americano.
Frigoríficos: com dólar e Newcastle no radar, como ficam as ações?
O movimento do dólar com tendência de alta pode preocupar a economia interna, mas monta o cenário ideal para as ações de frigoríficos. As companhias exportadoras contam com a queda de demanda interna para expandir as atividades internacionais, mas uma nova vertente ameaça esse plano: a Newcastle.
Como explicaram economistas ao BP Money, quanto mais valorizado o dólar, mais os frigoríficos exportadores recebem. Além disso, o território vizinho que mais chama a atenção do mercado, os EUA, traz novas perspectivas para os negócios das empresas brasileiras.
O candidato republicano Donald Trump e a candidata democrata Kamala Harris disputam que chegará à Casa Branca em novembro deste ano. Os planos de Trump, cuja política econômica tende a firmar sempre o melhor acordo para os EUA, já preveem um projeto de taxação das importações ao país.