O dólar à vista ampliou as perdas frente ao real nesta terça-feira, após o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) dos EUA subir 0,2% em julho, conforme esperado pelos economistas consultados pela agência britânica de notícias, a Reuters. O resultado reforça as expectativas de corte de juros pelo Fed (Federal Reserve) na próxima reunião.
A moeda americana operava em queda de 0,85% às 12h23, a R$ 5,398 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,82%, a R$ 5,423 na venda.
Na segunda-feira (11), o dólar à vista fechou em alta de 0,18%, a R$ 5,443.
A última vez que o dólar ficou abaixo de R$ 5,40 foi em 19 de setembro de 2024, quando atingiu R$ 5,394. No fechamento, a última vez foi em 24 de junho de 2024, quando foi a R$ 5,393.
O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 35.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de setembro de 2025.
Cotações desta terça-feira (12):
Dólar comercial:
- Compra: R$ 5,397
- Venda: R$ 5,398
Dólar turismo:
- Compra: R$ 5,451
- Venda: R$ 5,631
O que houve com a moeda?
O mercado de câmbio iniciou o dia com alta, acompanhando a leve valorização do dólar no exterior, mas virou para queda frente ao real após o IPCA de julho surpreender negativamente, ficando abaixo do esperado. O dólar ampliou as perdas refletindo também o CPI dos EUA mais fraco que o esperado, o que reforça a expectativa de corte de juros pelo Fed em setembro.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,26% em julho. De acordo com a mediana das estimativas de economistas consultados pela Reuters, a projeção era de uma taxa mensal de 0,37% em julho.
Segundo analistas, o indicador de inflação local reforça a chance de possível antecipação do início do corte da Selic para dezembro ou janeiro de 2026.
O petróleo acelerou a queda do dólar, ajudado pelo relatório mensal da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). A organização reafirmou a previsão para avanço da demanda global pela commodity em 2025, mas elevou a de 2026.
A organização também manteve a previsão para o aumento da oferta da commodity entre os países fora da Opep em 2025, em 800 mil barris por dia (bpd), com as maiores contribuições por EUA, Brasil, Canadá e Argentina.