O dólar comercial fechou com queda de mais de 1% pelo segundo pregão seguido nesta quinta-feira (4), a R$ 5,50, pela primeira vez desde 25 de junho. Com isso, a moeda norte-americana acumulou uma contração de 3,15% em dois pregões.
O movimento de contração do dólar foi puxado pelo anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), de que o governo está comprometido em alcançar as metas do arcabouço fiscal e encontrou R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que poderão ser cortadas do Orçamento de 2025.
O dólar à vista encerrou com queda de 1,46%, cotado a R$ 5,4869, após alcançar sua mínima de R$ 5,4663. Na ponta positiva, o real seguiu liderando o ranking de desempenho das 33 moedas mais líquidas, segundo informações do “Valor”.
Já o euro comercial recuou 1,20%, a R$ 5,9329, fechando a sessão abaixo de R$ 6,00 pela primeira vez na semana.
O pregão também foi marcado por um menor volume de negócios devido ao feriado de Independência dos EUA, em que os mercados ficaram fechados por lá.
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O dólar registrou a tão esperada queda no pregão de quarta-feira (3), após atingir máximas e chegar a um nível recorde desde 10 de janeiro de 2022, quando fechou o pregão a R$ 5,67.
Na sessão do primeiro dia de junho de 2024, o dólar fechou a R$ 5,65. Já na quarta-feira, a moeda encerrou o dia com queda de 1,75%, a R$ 5,56.
A queda se deu por fatores internos e externos. No Brasil, o mercado melhorou os ânimos com a notícia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontraria com membros da área econômica do governo. A finalidade seria discutir cortes nos gastos governamentais.
Após a notícia da intenção de cortes nos gastos públicos, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou com alta de 0,70%, aos 125.661,89 pontos.