Fiscal pressiona

Dólar vira para alta na reta final e fecha a R$ 5,60

A semana encerrou marcada pela renovação da percepção de risco fiscal no País e pela força do dólar no exterior

Investidores estrangeiros apostam em troca da renda fixa por ações no País
Dólar / Foto: Agência Brasil

O dólar chegou a registrar queda na sessão desta sexta-feira (19), mas diminuiu as perdas ao longo do pregão e virou para alta na reta final do dia. A pressão veio da desconfiança em relação à política fiscal no Brasil e da alta da moeda norte-americana no exterior.

A semana encerrou marcada pela renovação da percepção de risco fiscal no País e pela força do dólar no exterior em relação às moedas emergentes. Com isso, o dólar acumulou ganho de 3,20% em relação ao real nesta semana.

O dólar comercial avançou 0,30% nesta sexta-feira, a R$ 5,60 na compra e na venda. Na B3 (B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento teve alta de 0,92%, a R$ 5.611 pontos.

“Tivemos uma abertura refletindo alívio no risco fiscal… um alívio pontual por uma questão local. Depois nos alinhamos ao exterior”, disse Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital, de acordo com o “InfoMoney”.

Na quinta-feira, a divisa fechou o pregão cotada a R$ 5,58 na venda, correspondendo a uma alta de 1,89%. Com a valorização concentrada nos três últimos dias, a moeda subiu 3,20% na semana.

Dólar salta quase 2% aproveitando apreensão com risco fiscal 

Na sessão desta quinta-feira (18), o dólar voltou ao patamar de alta, enquanto os investidores adotaram novamente uma postura mais defensiva e cautelosa na Bolsa brasileira. A moeda comercial teve forte valorização em 1,89%, a R$ 5,58.

O cenário que se forma é de novas questões quanto ao risco fiscal no País. O mercado se preocupa quanto à responsabilidade do governo em cumprir, ou não, as promessas que vem fazendo quanto ao corte de gastos para manter o equilíbrio das contas públicas. 

Na véspera, os agentes do mercado tomaram conhecimento, antecipadamente, de uma entrevista em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou não ser “obrigado estabelecer meta fiscal e cumprí-la”.