Economia

Drex: Caixa e BB (BBAS3) realizam 1ª transferência entre bancos públicos

De acordo com os bancos, as transações ocorreram nos dias 30 e 31 de agosto

A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil (BBAS3) realizaram as primeiras transferências entre bancos públicos utilizando o Drex, o novo real digital. A operação envolveu o envio de reservas bancárias em um ambiente de testes do Banco Central (BC).

De acordo com os bancos, as transações ocorreram nos dias 30 e 31 de agosto. Primeiro, os valores em moeda digital foram transferidos da carteira do BB para a Caixa. Em seguida, foram enviados pela Caixa à carteira do BB.

“Estamos entusiasmados com os resultados positivos até agora e ansiosos para explorar ainda mais o potencial das moedas digitais e das transações ágeis”, disse a presidente da Caixa, Maria Rita Serrano.

“O Drex é mais uma iniciativa bem-sucedida, em que teremos a possibilidade de melhorar serviços bancários com a adoção da tecnologia blockchain e a tokenização”, destacou a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

Drex: Cronograma de implementação no Brasil está atrasado e será revisto

O coordenador do projeto do Drex no Banco Central, Fabio Araújo, anunciou, nesta segunda-feira (21), que o cronograma de desenvolvimento da futura moeda digital da instituição está em atraso e será sujeito a uma revisão.

De acordo com Araújo, a primeira fase do Drex, inicialmente, estava prevista para terminar entre fevereiro e março de 2024, no entanto, agora deve ser finalizada em maio.

Entretanto, o Banco Central mantém sua expectativa de realizar testes com a população durante a transição de 2024 para 2025, um período que coincide com o término do mandato do atual presidente, Roberto Campos Neto, que é um entusiasta notável dessa iniciativa.

Araújo esclareceu que a integração das instituições e empresas participantes do piloto à rede do Drex tem sido mais lenta do que o previsto. Ele indicou que, recentemente, oito consórcios estavam conectados, de um total de 16. Esses consórcios são compostos por instituições financeiras, empresas de tecnologia, plataformas de criptoativos, entre outros.

“A previsão de que todos estivessem dentro no mês de agosto. [Mas], infelizmente, não será possível”, reconheceu o chefe do Escritório de Segurança Cibernética e Inovação Tecnológica do Banco Central, Aristides Cavalcante, na live semanal da autarquia, que nesta segunda tirou dúvidas do público sobre o Drex.