Real digital

Drex vai assegurar sigilo bancário dos usuários, diz BC

“A primeira fase teve governança simples, com o Banco Central implementando os contratos inteligentes enquanto os participantes apenas testavam“, disse coordenador do BC

Foto: Freepik
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O coordenador do desenvolvimento do Drex no Banco Central (BC), Fabio Araújo, afirmou nesta quarta-feira (27) que o projeto do real digital seguirá rigorosamente os requisitos regulatórios e legais, assegurando o sigilo bancário e o cumprimento da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

Araújo destacou que o respeito às normas é o “objetivo final” do projeto, que está atualmente na segunda fase de testes. Essa etapa, iniciada em setembro, visa criar um sistema de governança para a plataforma, alinhado às legislações vigentes.

“A primeira fase teve governança simples, com o Banco Central implementando os contratos inteligentes enquanto os participantes apenas testavam. Agora, buscamos um ecossistema onde os próprios participantes criem contratos inteligentes para oferecer serviços, o que exige uma governança clara e regulamentada”, explicou Araújo, conforme reportagem da Exame.

O coordenador também ressaltou a necessidade de mecanismos que garantam a aplicação das leis brasileiras no Drex. Ele rejeitou a máxima do universo cripto de que “o código é a lei”, enfatizando que, em um ambiente regulado, “a lei é a lei, e o código é uma ferramenta para aplicá-la”.

Araújo destacou ainda as vantagens do uso da tecnologia de registro distribuído (DLT), como a simplificação de processos e a redução de intermediários. “Isso está entre as grandes promessas da tokenização”, afirmou.

Problemas de infraestrutura dificultam projeto do Drex, diz CEO da Bloxs

Drex, moeda que está sendo desenvolvida para ser a versão digital do real brasileiro, pode não ser lançado quando previsto por problemas de infraestrutura. Esta é a avaliação de Felipe Souto, CEO da Bloxs Investimentosfintech de soluções para o mercado de capitais.

A empresa acompanha o desenvolvimento da moeda digital de perto. O lançamento do Drex está previsto para o início do segundo semestre de 2025. 

Como o sucesso do Pix, que já chegou a mais de 200 milhões de transações por dia, há preocupações em relação à privacidade e escalabilidade da moeda. “Os testes indicam que, se a gente tiver uma adoção massiva do Drex, a atual infraestrutura não dá conta“, afirmou Souto ao BP Money.

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