A economia brasileira registrou crescimento de 0,7% no primeiro trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior, apontou o Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) em seu Monitor do PIB.
Em março, o crescimento foi de 0,4% ante fevereiro. Na comparação interanual a economia cresceu 2,3% no primeiro trimestre e retraiu 0,1% em março. A taxa acumulada em 12 meses até março foi de 2,4%.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, o crescimento foi disseminado na maior parte das atividades econômicas. Ainda segundo Trece, a maior parte dos segmentos teve taxa mais positivas do que o observado em 2023.
“De modo geral, isso indica um bom início de 2024 para a economia brasileira, de maneira até mais robusta que o crescimento de 2023”, pontuou Juliana.
O consumo das famílias cresceu 4,4% no 1TRI24, puxado pelos segmentos de serviços e produtos não duráveis.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 3,4% no primeiro trimestre calculado pelo FGV Ibre, mostrando continuidade da recuperação iniciada no trimestre findo em fevereiro.
Tragédias no RS: impactos na economia são diretos e indiretos, destaca FGV
Juliana Grace chama a atenção para os impactos negativos que as enchentes do RS (Rio Grande do Sul) terão na economia brasileira.
“O ponto é que mensurar esse impacto não é trivial. Além do efeito direto sobre a economia gaúcha, há os efeitos secundários referentes as cadeias produtivas em que o Rio Grande do Sul participa e os esforços que estão, e serão, realizados para reerguer o Estado, como a liberação de recursos para as famílias gaúchas e o início de obras de reconstrução do Estado”, explicou a especialista.
A especialistas acrescentou que, em “termos econômicos, é bastante difícil mensurar como todos esses vetores influenciarão a economia nacional. Em termos sociais, entretanto, as perdas são imensuráveis, com perdas de vidas que poderiam ter sido evitadas com medidas de adaptação do estado as mudanças climáticas”.