Uma desaceleração expressiva deve afetar a economia dos EUA, no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2025, disse o Goldman Sachs. A análise indica que o PIB norte-americano tenha crescido 2,5% em 2024 e 0,5% neste ano.
Entre as razões para o freio, o banco vê tarifas mais elevadas, condições financeiras mais apertadas e o aumento na incerteza política.
Além disso, a estimativa da equipe do Sachs é que ao passo que a renda disponível dos consumidores recue, seus gastos caiam também, à medida que as taxas elevam os preços.
Baseado em experiências anteriores, visto que os EUA já entraram em uma guerra comercial com a China em 2016, no primeiro mandato de Donald Trump, o Goldman Sachs analisou que a maior parte dos aumentos sequenciais da inflação acontecem no período de dois a três meses após a implementação das tarifas.
Por consequência desse cenário, a previsão do banco é que o crescimento dos gastos nos EUA diminua logo após o início da alta dos preços. Além disso, é esperada uma queda acentuada nos gastos com importações.
O banco também citou que os gastos dos consumidores devem ter impactos em outros setores, com uma desaceleração nas contratações nos setores de saúde, governo e educação, e um arrasto decorrente dos efeitos negativos da riqueza devido à queda nos preços das ações.
Por fim, também há expectativa de queda no crescimento do emprego em algumas áreas, segundo o Goldman Sachs. Os setores governamentais, educação e saúde, por exemplo, podem ser afetados, com um impacto especialmente grande nas folhas de pagamento no segundo semestre do ano.
EUA considera reduzir tarifas da China para 50% a 65%
Em um novo capítulo da guerra tarifária que se estende entre os EUA e a China, o governo norte-americano está considerando reduzir as tarifas impostas sobre as importações chinesas, segundo o The Wall Street Journal nesta quarta-feira (23).
A apuração indicou que as tarifas dos EUA sobre a China provavelmente devem cair para um patamar entre 50% e 65%, segundo fontes do veículo.
As reduções seriam uma tentativa do governo norte-americano de conter a escalada das tensões com Pequim, que tem prejudicado nos últimos dias, sobretudo, o mercado financeiro do país e também ao redor do mundo.
“Faremos um acordo justo com a China”, disse Trump a repórteres na quarta-feira, porém o republicano não abordou os detalhes da reportagem do Wall Street Journal.
Enquanto isso, o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, afirmou que qualquer notícia sobre tarifas é “pura especulação”, a menos que venha diretamente de Trump.