O Monitor do PIB, publicado nesta terça-feira (19) pela FGV, apontou que a economia brasileira registrou saldo positivo em janeiro. O crescimento foi de 0,1% em relação ao mesmo período em 2023. Já no trimestre móvel interanual fino, o avanço foi de 3,0%.
Para o coordenador do NCN (Núcleo de Contas Nacionais) do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), Claudio Considera, o indicador mostra que a economia foi melhor do que o esperado no início do ano.
“Todos estavam com perspectiva pior [para a economia] este ano, se falou até em crescimento [do PIB] menor que 1%”, disse ele, conforme antecipado pelo “Valor Econômico”.
Além disso, Considera acrescentou que acredita “que 2024 não vai ser um desastre [para a economia] como alguns esperavam”.
Nessa perspectiva, ele pontuou que “o Focus está projetando crescimento de quase 2%”. O Boletim Focus, do BC (Banco Central), trata das grandes projeções do mercado financeiro.
No boletim veiculado nesta terça-feira, a projeção para a expansão do PIB de 2024 avançou, indo de 1,78% para 1,80%.
Demanda interna impulsiona resultados da economia
Um dos fatores que impulsionou os resultados e as boas perspectivas, tanto para o Focus quanto para o Monitor, foi o cenário favorável para a demanda interna.
O Monitor FGV apontou que o consumo das famílias cresceu 1,1% em janeiro, comparado com dezembro de 2023. O dado foi a maior taxa desde fevereiro de 2023, quando teve uma variação positiva de 1,6%.
Além disso, a oferta também teve destaque. O setor de serviços, que responde por 70% da atividade econômica, registrou um aumento de 3,7% em relação ao mesmo período no ano anterior.
Outro fator que influenciou no desempenho foi o setor de agropecuária, que contribuiu para o crescimento de 2,9% em 2023. No início deste ano, o ritmo segue positivo.