A equipe econômica do governo federal revisou a projeção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2022 para baixo, indo de 2,1% para 1,5%. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (17) através do Boletim Macrofiscal do Ministério da Economia. As informações são da CNN.
Ainda nesta quinta, o Banco Central (BC) divulgou o índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que é considerado a prévia do PIB. O indicador teve queda de 0,99% em janeiro, na comparação com dezembro, como foi antecipado pelo InfoMoney.
A redução das estimativas vem em meio a repercussão da elevação da taxa básica de juros (Selic) pelo Comitê de política monetária (Copom), do BC. O crescimento foi de 1,0 ponto percentual, indo para 11,75% ao ano.
Diante desses dados, a nova projeção da equipe econômica chega a ser melhor que a estimativa do mercado financeiro, de acordo com o Boletim Focus, é esperada uma alta de 0,49% para o PIB deste ano.
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“Entre fatores positivos para impulsionar o crescimento em 2022, elencam-se a taxa de poupança elevada, a recuperação do setor de serviços, a contínua melhora do mercado de trabalho e o robusto investimento, tanto privado como em parceria com o setor público”, explica a pasta.
O “alto volume de investimento contratado para 2022” também é citado. De acordo com o documento, são cerca de R$ 80 bilhões de investimentos esperados para 2022, o valor corresponde a 1% do PIB.
Por outro lado, a equipe acrescenta que as ameaças ao crescimento da economia não podem ser descartadas, como possíveis quebras de cadeias globais que podem afetar a oferta, elevando ainda mais os preços e deteriorando as condições financeiras. Os efeitos do conflito sobre o comércio internacional e o balanço de pagamentos do Brasil também foram mencionados. Esses riscos estão direta e indiretamente ligados à guerra que ocorre o Leste-europeu.
