A caderneta de poupança informou saque líquido de R$ 19,666 bilhões no primeiro mês de 2022, esse é o maior resgate já observado em todos meses da série histórica que teve em 1995, segundo dados do Banco Central nesta sexta-feira (4).
Desse montante, os saques ficaram acima dos depósitos no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) no valor de R$ 15,668 bilhões. Enquanto na poupança rural, as saídas foram de R$ 3,988 bilhões.
O fluxo de recursos na poupança apresentou uma reversão de sentido no ano passado, o que acumulou retiradas significativas. Em 2020, tinha sido registrada uma captação recorde de mais de R$ 166 bilhões, impulsionada pelo pagamento do auxílio emergencial e pelo baixo nível da taxa básica de juros, o que fez com que a competitividade da poupança avançasse na frente de outros investimentos.
Em 2021, com a retirada do auxílio emergencial e o agressivo aperto monetário implementado pelo Banco Central, houve um saque líquido de 35,5 bilhões de reais.
Por conta dos juros básicos da economia, que estão acima de 8,5% ao ano (a Selic está agora em 10,75%), os depósitos na poupança retornaram ao rendimento fixo de 0,5%, ou 6,17% ao ano, o que deixa a remuneração mais baixa do que outros investimentos de renda fixa.