Em parceria com AES, Unipar busca alcançar matriz energética próxima a 100% de energia limpa

Com o projeto, serão supridos 33% de toda a energia que a companhia consome. 

O CEO da Unipar (UNIP6), Mauricio Russomanno, disse que a empresa do setor químico espera dobrar de tamanho nos próximos anos e, para isso, está buscando aquisições no Brasil e no exterior. A expectativa para o futuro, segundo informações obtidas pela BP Money, é fazer com que a companhia alcance R$ 10 milhões de faturamento olhando oportunidades no Ocidente inteiro, considerando a Europa e as Américas do Sul, Central e do Norte.

“Estamos agora esperando oportunidades de um ciclo favorável para fazer aquisições. Podemos fazer alavancando o nosso balanço ou usando a empresa alvo da aquisição para isso. Temos até a oportunidade de comprar uma empresa um pouco maior que a Unipar, desde que isso faça sentido econômico”, destacou Russomanno durante participação no prêmio “As melhores empresas da Bolsa”, do InfoMoney.

De acordo com a fonte ouvida pela BP Money, a ideia de utilizar outros produtos químicos no ramo da Unipar, ponto citado pelo CEO no evento, é factual apesar de ainda não haver nada acertado sobre isso. Ela ressalta que a indústria já produziu uma diversidade de químicos e petroquímicos e já comprou e vendeu diversos ativos de acordo com o que fazia sentido no momento, ou seja, é muito mais uma questão de descobrir quais são as boas oportunidades de aquisição.

Em relação a parceria feita com a AES Tietê – agora AES Brasil (AESB3) – para a construção de um parque de geração de energia eólica em Tucano (BA), a fonte afirma que a jogada faz parte do histórico de associação da empresa, que sempre trouxe e firmou negócios com companhias americanas, europeias e as vezes até japonesas para fazer investimentos no Brasil nesse modelo associativo, no qual se estabelecem parcerias de longo prazo. 

O entrevistado pontua que agora o objetivo é trazer a AES, que tem expertise em determinados segmentos e, com o acordo, será possível mover essa atividade industrial para o Brasil.

Além disso, a fonte frisa que o interesse da produtora de cloro, PVC e soda cáustica é investir em energia limpa, até porque a empresa é uma das que mais consome energia elétrica do país. Só com esse projeto da AES serão supridos 33% de toda a energia que a companhia consome. 

E mais, a Unipar está buscando outros projetos de energia limpa para alcançar uma matriz energética próxima a 100% de energia limpa em alta produção.

A companhia registrou uma receita líquida de R$ 1,316 bilhão no primeiro trimestre de 2021, alta de 64,2% na comparação com igual período de 2020. No ano passado, a receita totalizou R$ 3,8 bilhões, um avanço de 26,9%.