Proprietários de pequenas e médias empresas iniciam 2024 com uma novidade. Este ano, os setores que contratam energia de alta tensão e pagam contas em torno de R$ 9 mil poderão entrar para o Mercado Livre de Energia para escolher seu próprio fornecedor.
Nesse espaço, os donos das empresas podem discutir preços, quantidade para o uso, formas de pagamento e período de recebimento. As informações são da Agência Brasil.
Essas empresas estavam submetidas ao mercado cativo até o fim de 2023 e o contrato de energia só poderia ser feito com a distribuidora local. Além disso, apenas as que demandam no mínimo 500kilowatts podiam migrar para o mercado livre.
Daniela Alcaro, sócia da Stima Energia, afirmou em entrevista que a partir de 2024, todos os consumidores que estiverem ligados em alta tensão poderão ser livres, independente da demanda contratada. “Antes, precisavam consumir um mínimo para ser livre, agora basta estarem conectados na alta tensão que são elegíveis”, completou.
Ainda de acordo com ela, há 200 mil unidades conectadas em alta tensão, e destas, 37 mil já contratam energia no mercado livre. É o caso de grandes fábricas de aço e vidro, por exemplo, que estão mudando para esse mercado desde 2001.
Uma parte que segue no mercado regulado já fez instalações de sistema de energia solar e comprou energia de geração distribuída.
Como funcionava a compra de energia pelas empresas?
O mercado brasileiro tem o Ambiente de Contratação Regulada (ACR), onde os consumidores compram energia de distribuidoras como a Light (RJ) e Enel (SP), neste contrato o cliente paga a fatura de energia mensal.
A outra divisão é o Ambiente de Contratação Livre (ACL) onde os consumidores escolhem e compram a energia direto dos geradores ou de comercializadores, nesse caso há um acordo e o cliente paga pelo serviço através de uma fatura para a concessionária local com tarifa regulada pelo governo, e poderia estar incluída também uma ou mais faturas referentes à compra negociada.
Algumas vantagens para quem compra energia no mercado livre é a redução de custos, pois os contratos são mais baratos que os atuais no mercado cativo. E também é possível já saber quanto será pago pela geração.