Ataque de hackers têm acontecido com muita frequência no Brasil. Durante a pandemia, nem os hospitais ficaram de fora. Em muitos casos, os hackers pedem milhões de reais para devolver as informações roubadas. Nos primeiros seis meses de 2021, o valor médio pago por uma empresa para recuperar dados de hackers chegou a R$ 3 milhões, um recorde. Um crescimento de 82% ante 2020, que já estava bem acima dos números de 2019. As informações são do CNN.
Grande parte das empresas conseguem negociar. Em média, os hackers exigiram R$ 5,3 milhões para devolver ou não publicar as informações.
Um estudo realizado por uma consultoria de segurança cibernética indicou que vem aumentando não só a quantidade de crimes virtuais, como o apetite dos criminosos por dinheiro.
Esse tipo de crime é conhecido por ransomware, a junção das palavras ransom (resgate em português) e malware, nome dado a softwares invasores.
Na última quinta-feira (19), a Renner sofreu um ataque do tipo ransomware, o que tirou o site e o aplicativo do ar. A investigação inicial indicou que foi uma invasão mais branda.
Já na semana passada, o sistema interno da Secretaria do Tesouro Nacional foi o alvo. A Polícia Federal (PF) foi acionada e, segundo o Ministério da Economia, não houve danos.
Segundo um mapa interativo que mostra, em tempo real, os cyber-ataques ao redor do mundo, o Brasil é o segundo maior alvo.
De acordo com o gerente-executivo da Kaspersky, Roberto Rebouças, com o aumento do home office na pandemia, os sistemas ficaram vulneráveis. Ele lembra que a Lei Geral de Proteção de Dados, em vigor desde o início do mês, vai mudar a negociação com os criminosos.