O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira (16) que, com uma intervenção ou caducidade contra a distribuidora Enel SP, seria possível trocar o controle da concessionária para melhorar a qualidade do fornecimento de energia em São Paulo. Situação semelhante já ocorreu com o grupo italiano em Goiás, após falhas na prestação do serviço.
Durante uma coletiva, o ministro acusou a Enel de ser “uma empresa que não conhece a realidade nacional”. Segundo Silveira, “se tivesse passado pela avaliação correta em 2019, a Enel não teria assumido concessões em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará”, regiões onde o grupo opera serviços de distribuição de energia. As informações são do “Valor”.
No caso de São Paulo, Silveira destacou que a concessionária “investiu muito em automação”, mas reduziu a mão de obra dedicada à operação e manutenção de redes.
Vale lembrar que essa estratégia foi criticada pelo governo ao publicar o decreto com as diretrizes de renovação das concessões. Segundo o ministro, o decreto estabelece limites para a terceirização e busca evitar a redução excessiva de trabalhadores especializados.
Apagão em SP: comercios vão à Justiça e cobram R$ 100 mi da Enel
Uma ação será judicializada contra a Enel pela Abrasel-SP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo) na terça-feira (15), pelo apagão que atinge a capital paulista. A entidade pretende cobrar cerca de R$ 20 mil por estabelecimento afetado, o movimento é uma indenização pela falha na distribuição de energia elétrica.
A ação coletiva se restringe aos cerca de 5 mil associados da Abrasel-SP. Com isso, o pedido total da indenização por danos morais ficaria na casa dos R$ 100 milhões.
Em São Paula há cerca de 155 mil estabelecimentos entre bares, restaurantes e similares. Segundo estimativa da associação, cerca de 50% deles foram afetados e tiveram prejuízo com a falta de energia. A perda mínima calculada é de R$ 10 mil.