No Chile, a escassez de água começou a ameaçar a produção de cobre, país que responde por mais de 25% da oferta global. Nesta semana, uma mina da BHP recebeu a ordem para suspender o bombeamento de água subterrânea por três meses.
De acordo com a Bloomberg, a Antofagasta, cidade chilena, alertou que irá produzir menos do que o esperado este ano devido a restrições de abastecimento de água. Os problemas ressaltam os desafios de minas em operação, num dos desertos mais secos do mundo.
As minas de cobre bombeiam água de aquíferos subterrâneos, na maior parte das vezes em detrimento das comunidades locais. A questão teve mais destaques recentemente diante da expansão do deserto para o sul em meio a uma seca de uma década, agravada pelo aquecimento global.
O Chile está redigindo uma nova Constituição devido à sequência de protestos em massa contra injustiças sociais. Parlamentares pressionam agora por reformas em um sistema de água que depende da iniciativa privada e das forças de mercado para determinar direitos e serviços.