A crise hídrica que aflige Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná é explicada por uma perspectiva conjuntural, dada pelo pior regime de chuvas em mais de 90 anos, e por outra estrutural, por conta do baixo investimento no setor elétrico, disse o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, nesta sexta-feira (28) ao Valor.
“O Brasil é um país que, nos últimos dez anos, tem apresentado baixas taxas de crescimento e mesmo assim tem crise energética. Parte expressiva do nosso problema é estrutural, por desenhos equivocados que aumentaram a insegurança hídrica”, comentou.
Como forma de mitigar a questão estrutural, o secretário pontuou a necessidade de privatizar a Eletrobras e aprimorar os marcos legais do setor para atrair mais investimentos, diminuindo os riscos futuros em períodos como este.
Segundo o Valor, o governo já estuda a possibilidade de se criar um comitê de crise para conter os danos e elaborar estratégias para afastar riscos de racionamentos ou até mesmo apagões.