Segundo um grupo de economistas, o Brasil corre o risco de ingressar em um cenário de estagflação, que combina o desemprego com a alta inflação e a estagnação do crescimento econômico.
Apesar do cenário não ser comparado ao da última crise oficial de estagflação nos anos 70, o atual é ruim e a projeção ainda maior para a queda do PIB. Para 2022, a projeção caiu para 2%, mas uma série de casas de análise e bancos apostam em crescimento em menos de 1%. No Brasil, a alta da inflação, que já está nos 10%, começou a aparecer mesmo com a atividade econômica não tão aquecida quanto se gostaria.
Com fatores como a crise hídrica e o dólar alto, a inflação voltou oficialmente a dois dígitos e o país teve seu pior mês de setembro desde o início do Plano real em 1994. A expectativa para o próximo ano é que a inflação volte a cair diante da combinação entre a alta dos juros promovida pelo Banco Central e atividade econômica fraca.
Além desses problemas, o Brasil do pós-pandemia terá que lidar com os níveis de pobreza elevados, a reconstrução do mercado interno e infraestrutura atrasada. No entanto, isso não deve ser discutido antes de outubro de 2022.