Estoque da DPF sobe 1,2% e encerra julho com R$ 5,3 tri

Emissão líquida chega a R$ 24 bi e atinge feito que não acontecia desde 2009

Segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (25). O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 1,24% em julho e fechou em R$ 5,395 trilhões. Em junho, o estoque estava em R$ 5,329 trilhões.

O Tesouro vendeu mais títulos do que resgatou papéis emitidos e registrou uma emissão líquida de R$ 24,37 bilhões. Ao todo, foram R$ 142,443 bilhões emitidos e R$ 118,076 bilhões resgatados. 

Segundo a instituição, essa foi a primeira vez que houve emissão líquida no mês de julho desde 2009. Mesmo assim, o volume total das captações ficou abaixo da média dos últimos meses. “O Tesouro Nacional realizou, em julho, emissões abaixo da média dos últimos 12 meses, porém mantendo o caixa em posição confortável para as despesas futuras”, informou o órgão. 

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 41,66 bilhões no mês passado. A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 1,02% em julho e fechou o mês em R$ 5,155 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) teve alta de 6,26%, somando R$ 240,87 bilhões ao fim do mês passado. 

A parcela da DPF que irá vencer em 12 meses subiu de 22,48% em junho para 22,72% em julho, informou o Tesouro Nacional. Nesse período, vão vencer R$ 1,225 trilhão em títulos da dívida.  Segundo o órgão, o perfil das emissões e a entrada da torre de maturação de julho de 2022 no horizonte desse indicador influenciou o aumento.
 
O prazo médio da dívida pública federal, por sua vez, subiu 0,04 anos para 3,77 anos. O custo médio do estoque da DPF em 12 meses subiu e atingiu 7,64% ao ano. O custo médio das novas emissões também teve aumento na passagem do mês, de 5,77% ao ano para 6,09% ao ano no mês passado. 

Já os papéis ligados à Selic, ficaram com uma fatia maior, passando de 35,07% para 35,67%. Os títulos remunerados pela inflação subiram para 27,59% do estoque da DPF em julho em comparação ao mês anterior.

Os papéis cambiais tiveram aumento na participação na DPF de 4,46% para 4,69% na mesma base de comparação.  

Após o ajuste nas metas do Plano Anual de Financiamento (PAF), feito no mês passado, todos os papéis estão enquadrados nos objetivos traçados pelo Tesouro para o ano. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos atrelados à taxa básica de juros em 2020 vai de 33% a 37%. Para os prefixados, o intervalo é de 31% a 35%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 26% a 30% e, no de câmbio, de 3% a 7%. 

O estoque estrangeiro

A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública caiu em julho, apesar de um acréscimo de R$ 3,3 bilhões em papéis da dívida interna. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a participação dos não residentes no Brasil no estoque da DPMFi passou de 9,71% em junho para 9,67% no mês passado. 

O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 498,72 bilhões em julho. A maior participação no estoque da DPMFi, segue com instituições financeiras, os quais detêm 30,77% da DPMFi, segundo a posição de julho.

O estoque nas mãos dessas instituições está em R$ 1,586 trilhão. Os fundos de investimentos também comparam mais papéis e ganharam participação (de 23,63% para 24,22%). O estoque é de R$ 1,248 trilhão.  

O grupo Previdência reduziu a participação de 22,96% para 22,33% de um mês para o outro, com um estoque de papéis R$ 20 bilhões menor.

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