O Banco Central (BC) divulgou nesta sexta-feira (28) que o estoque de crédito no Brasil subiu 16,5% em 2021 na comparação com o ano anterior. A alta do índice conseguiu romper o cenário de elevação significativa nas taxas de juros cobradas pelos bancos.
O saldo concluiu o ano de 2021 com o montante de R$ 4,684 trilhões, cuja quantia corresponde a 54,0% do Produto Interno Bruto (PIB). O índice registrou uma alta de 1,9% sobre o crédito em dezembro sobre novembro.
Os dados referem-se ao segmento de recursos livres, em que o custo dos financiamentos é livremente estabelecido pelas instituições financeiras, sem interferência do governo.
A taxa média de juros cobrada pelo BC encerrou o ano passado no patamar de 33,9%, refletindo o nível mais alto desde o início da pandemia, ficando abaixo do patamar observado em fevereiro de 2020, de 34,1% ao ano. O número veio positivo mesmo em uma realidade em que houve aperto monetário promovido pelo Banco Central para controlar a inflação.
A taxa média de juros cobrada pelas instituições financeiras, que vem acompanhando o aperto monetário promovido pelo Banco Central para controlar a inflação, encerrou o ano de 2021 em 33,9% –no fim de 2020, estava em 25,5% ao ano. O nível é o mais alto desde o início da pandemia, ficando abaixo do patamar observado em fevereiro de 2020, de 34,1% ao ano.
A taxa Selic, que iniciou o ano no patamar mínimo histórico de 2% ao ano, subiu 7,25 pontos percentuais ao longo de 2021, atingindo 9,25% no último encontro do Comitê de Política Monetária. O colegiado já indicou que deve promover uma nova elevação de 1,5 ponto na taxa na reunião de fevereiro.