Economia

Estrangeiros gastaram US$ 7,3 bi no Brasil em 2024

O valor é o maior em 15 anos, superando inclusive os gastos de 2014, ano em que o Brasil sediou a Copa do Mundo

Foto: Brasil/CanvaPro
Foto: Brasil/CanvaPro

Os turistas estrangeiros aproveitaram a recuperação das viagens internacionais no pós-pandemia e a desvalorização do real no ano passado e gastaram cerca de US$ 7,341 bilhões no Brasil, divulgou o BC (Banco Central) na sexta-feira (24).

O valor é o maior em 15 anos, superando inclusive os gastos de 2014, ano em que o Brasil sediou a Copa do Mundo, quando os turistas de outros países gastaram US$ 6,914 bilhões.

Os gastos desse grupo no País cresceram 6,28% em relação a 2023. Há dois anos, os visitantes de outros países tinham desembolsado US$ 6,907 bilhões, segundo a “CNN”.

O avanço pode ser explicado pelo número de turistas do exterior, que saltou 12,6% no ano passado e totalizou 6,65 milhões em 2023.

Enquanto isso, quando comparadas as receitas trazidas ao Brasil, os gastos de turistas internacionais em 2024 superaram os ganhos com as exportações de algodão (US$ 5,154 bilhões), de aeronaves (US$ 4,4 bilhões) e de minérios de cobre (US$ 4,16 bilhões).

Os turistas estrangeiros trouxeram US$ 721 milhões ao Brasil apenas em dezembro, uma alta de 16% em relação ao mesmo mês de 2023, quando eles tinham deixado US$ 622 milhões no país.

Segundo o Ministério do Turismo, o resultado de 2024 aproxima o Brasil das metas do Plano Nacional de Turismo, que prevê a chegada de 8,1 milhões de turistas estrangeiros ao País ao fim de 2027 e US$ 8,1 bilhões em divisas por ano.

Soja: preço cai no Brasil, pressionado por recuo do dólar

O preço da soja caiu no Brasil nesta quinta-feira (23), de acordo com as cotações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). No Porto Paranaguá, o valor ficou em R$ 133,52 por saca de 60 kg, 0,68% abaixo do registrado na quarta-feira (22).

A queda é motivada pela baixa do dólar, que vem ocorrendo depois da posse de Donald Trump nos EUA. Na quinta-feira (23), a moeda caiu 0,3%, a R$ 5,92.

Outro fator que pressiona a commodity é a perspectiva de safra recorde no Brasil, com projeções da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) de que o país atinja a produção de 166,33 milhões de toneladas no ciclo de 2024/25, o que representaria uma alta de 12,6% em relação à safra anterior.

Em movimento contrário, os preços da soja avançaram 0,90% na bolsa de Chicago, a US$ 10,65 o bushel.

O preço variou em outras praças do Brasil. Segundo pesquisa da Scot Consultoria, a saca de soja estava a R$ 120,50 em Luís Eduardo Magalhães (BA); R$ 120 em Rio Verde (GO); R$ 121 em Balsas (MA); R$ 127 no Triângulo Mineiro e R$ 118,50 em Dourados (MS). Já no porto de Santos (SP), ela é cotada a R$ 134 e, em Rio Grande (RS), a R$ 140.