O Citi reuniu centenas de agentes do mercado ao redor do mundo para realizar um estudo global sobre os próximos passos do sistema financeiro mundial. De acordo com os dados, 44% das pessoas ouvidas acreditam que, nos próximos cinco anos, o prazo de liquidação dos negócios com ações já no dia seguinte à realização da operação, conhecido como D+1, prevalecerá.
Atualmente, o processo acontece em D+2 na maioria dos mercados, inclusive no brasileiro. A B3 (bolsa de valores do Brasil), que participou do estudo, acompanha a tendência e formou uma equipe de trabalho para examina-la.
Prezando pela segurança das negociações, a alteração requer um alinhamento de todos os participantes do mercado: bolsa, corretoras, custodiantes, etc. A questão é que, na percepção de analistas, uma possível futura diminuição de prazos reduz a volatilidade e a necessidade de pagamento de garantia colateral, permitindo assim mais negócios.
Em pontos técnicos, a liquidação se dá na extinção de obrigações e os direitos de um negócio. No território nacional, a B3 é a responsável por assegurar que isso ocorra no prazo determinado, independentemente de eventuais falhas.
“Uma eventual mudança permite a redução de riscos. Isso ajuda não só o mercado, mas também o regulador. Todos precisam estar alinhados”, disse ao Valor o diretor de securities services do Citi, Roberto Paolino.