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EUA: alta de 3,4% no PIB fica acima das expectativas

Analistas apostavam em um crescimento de 3,2%; apesar do resultado, valor reflete desaceleração em relação ao registrado no 3TRI

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EUA / Foto: Freepik

O PIB dos EUA no quarto trimestre de 2023 ficou em 3,4%, segundo dados do Departamento do Comércio do país. O número ficou acima dos 3,2% aguardados por especialistas consultados pela Reuters.

Em nota, o Departamento do Comércio explicou que o resultado é reflexo, principalmente, da alta do consumo, dos gastos dos governos estaduais e locais, das exportações, do investimento fixo não residencial, dos gastos do governo federal e do investimento fixo residencial.

Apesar de ter ficado acima das expectativas, o número reflete uma desaceleração em relação aos 4,9% anualizados do terceiro trimestre.

Já o índice PCE (gastos com consumo), medida de inflação preferida do Fed (Federal Reserve), manteve a alta de 1,8% registrada na segunda leitura. 

O núcleo do indicador (que exclui preços de itens considerados voláteis), por outro lado, passou de alta de 2,1% para avanço de 2,0% na estimativa final do dado.

A renda pessoal dos americanos subiu US$ 230,2 bilhões no quarto trimestre, em revisão de US$ 10,7 bilhões a mais do que na estimativa anterior. 

A Renda Interna Bruta (GDI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos teve alta anualizada de 4,8% no período de outubro a dezembro de 2023.

Fed enfrenta dilema sobre economia dos EUA, dizem analistas

O Fed, banco central dos EUA, divulgou, na quarta-feira (20), a sua decisão de manter a taxa de juros do país no intervalo entre 5,25% e 5,50%. A estabilidade já era esperada por analistas, que entendem que a instituição enfrenta um dilema entre gerar descontrole nos preços e comprometer a economia.

“Se o Fed afrouxar a política monetária prematuramente, pode gerar um descontrole de preços, mas se aguardar muito para cortar os juros, poderá comprometer a atividade econômica”, explica o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung.

Sung pontua que essa é a segunda fase do processo desinflacionário, no qual o recuo dos preços é mais lento e mais dependente do ciclo econômico. Consequentemente, é criado um alerta para acompanhar a divulgação dos próximos indicadores, especialmente o de inflação de serviços do país.

Desta forma, é natural que os países emergentes sejam afetados, pois o dinheiro acaba sendo retido nos EUA.

“É confortável para os grandes fundos manter o dinheiro com uma rentabilidade boa, na economia mais segura do mundo. O mercado financeiro gosta de previsibilidade”, explicou Felipe Vaconselhos, sócio da Equus Capital.